domingo, 20 de janeiro de 2013

"Paradise, sunshine, guitars"

por Verônica Fantoni



Escrevo pra dizer que você tinha razão, sempre teve e sempre terá. O amor é mesmo essa coisa que cresce pra todos os lados, sem beira, sem limite, sem fronteira. O amor não tem bainha, não tem aresta, não tem pausa pro café. O amor não manda recado, não chega na hora e nem liga avisando que está atrasado. O amor não está na vitrine, nem na prateleira, nem na geladeira. O amor quando não encontra espaço, acaba arrancando um pedaço. O amor não dá em árvore, não chove da nuvem, não nasce com o sol e nem cresce do chão. O amor não chega embrulhado pra presente e nem sempre deixa a gente contente. O amor é poema sem lema, ele mesmo é o tema: oceano onde eu remo e você rema. O amor é a alma batendo palma, pedindo calma. O amor é uma miragem, uma viagem, um redemoinho no caminho, na cadência e com paciência. O amor é quente e aquece a gente. O amor é música pra seguir mais um passo, sem perder o compasso. O amor é melodia que você assovia e arranha no violão. O amor é outono, inverno, primavera e verão. O amor é canção do destino e eu, em desatino, desafino. O amor é coração aberto, mas o coração nem sempre é esperto. O amor é um sorriso sem juízo do paraíso. O amor é tudo isso ou nada disso. Você escolhe, recolhe, acolhe esse amor que cresce que nem a pele e você não digere até que ele se revele, você tome mais um gole e ele te assole. E se um dia o amor brotar, a gente ainda pode regar. Se o amor acontecer, ele pode crescer. Se o amor tocar, a gente pode dançar. Pra guardar na memória essa história de luz solar que fez e faz a gente brilhar. Sometimes an open heart is a broken heart. Paradise, sunshine, guitars.

publicado originalmente em.
* Esse texto foi encontrado num lugar maravilhoso e encantador chamado Confeitaria, clique, clique, clique. 

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